A fibra de poliéster reciclado é uma fibra sintética em tudo igual à fibra de poliéster convencional.
É criada a partir do plástico, nomeadamente aquele utilizado na produção de garrafas de plástico transparentes. Ou seja, o poliéster reciclado vem maioritariamente das garrafas PET – Polietileno Tereftalato – muito utilizadas na indústria do retalho.
O interesse ecológico é claro. Os consumidores estão hoje cada vez mais conscientes acerca da sua própria pegada de carbono, bem como à das empresas e marcas às quais adquirem os seus produtos ou serviços.
O poliéster reciclado é essencial no combate contra as alterações climáticas e a emissão de gases de efeito estufa.
Desde logo, porque não só respondem às preocupações demonstradas pelos consumidores, mas porque a sua produção requer menos água e até menos de 50% de energia do que aquela que é necessária para a produção da fibra mais convencional.
Além disso, a produção de poliéster reciclado ajuda também a desviar plásticos que, de outra maneira, iriam terminar em grandes lixeiras ou até no oceano e a depender cada vez menos da utilização de combustíveis fósseis, como o petróleo.
O poliéster reciclado é uma fibra sintética disponível no mercado desde os anos ’90. É um material leve, resistente e versátil, muito utilizado na criação dos mais diversos produtos e equipamentos.
As malhas circulares tricotadas em poliéster reciclado são uma real alternativa à utilização deste tipo de fibra sintética na sua forma original, replicando as suas qualidades, características e propriedades por inteiro.
O poliéster reciclado é uma fibra sintética criada a partir do plástico PET – Polietileno Tereftalato – e de outros materiais criados a partir deste tipo de fibra sintética. Esta é uma fibra sintética derivada do petróleo, criada no século XX e disponibilizada comercialmente desde 1941.
Tem várias aplicações e é a partir deste tipo de material que o poliéster reciclado é efetivamente produzido.
Por isso mesmo, reduz-se a quantidade de petróleo extraído do solo, dá-se uma nova vida ao plástico previamente utilizado e contribui-se ativamente para uma economia circular mais sustentável.
Contudo, o poliéster reciclado não deve ser entendido como uma solução a longo prazo. Na verdade, a sua utilização adia apenas o inevitável. Por ser extremamente complexo, ou quase impossível, as peças criadas a partir da fibra do poliéster reciclado não poderão ser recicladas de novo.
Isso acontece por vários motivos, nomeadamente a possibilidade da fibra do poliéster reciclado poder ser misturada com outros tipos de fibras como a do algodão e, por isso, se tornar depois impossível destrinçar uma e outra de modo a produzir de novo a fibra do poliéster reciclado.
É também por isso que as garrafas de plástico PET são o tipo de material mais utilizado para a produção desta fibra.
Mesmo assim, o poliéster reciclado permite desviar milhares de toneladas de produtos de lixeiras e oceanos, num processo de produção com muito menores níveis de emissão de gases CO2. O processo permite a criação de malhas circulares em poliéster reciclado, cuja qualidade é idêntica às malhas circulares convencionais.
A composição do poliéster reciclado é exatamente a mesma composição da fibra sintética original. A única diferença está mesmo no facto de esta ser uma fibra sintética reciclada. Ou seja, o seu método de produção é diferente.
A reciclagem desta fibra é possível apenas devido às qualidades termoplásticas do PET.
O material pode ser derretido, uma e outra vez, sem por isso se alterar a sua estrutura molecular. A este processo chama-se a reciclagem mecânica. É um dos dois métodos possíveis para a criação de poliéster reciclado. O outro dá pelo nome de reciclagem química.
A reciclagem química é o método mais dispendioso. Neste processo, a reciclagem é feita ao nível molecular do Polietileno Tereftalato. Além de ser um processo mais caro, requer a utilização de equipamento dedicado, muitas vezes inacessível à maioria das empresas.
Já a reciclagem mecânica recorre à utilização do calor para a obtenção do poliéster reciclado. Este processo tem início com a recolha das garrafas de plástico PET transparentes. São esterilizadas, secas, esmagadas e partidas ou cortadas até se transformarem em pequenos pedaços de plástico.
Os pedaços são depois aquecidos até se derreterem e formarem uma solução viscosa que é depois forçada a atravessar um equipamento especial chamado de fieira. O que sai do outro lado da fieira vem já na forma de uma fibra contínua que é depois cortada de acordo com os tamanhos desejados.
Por último, a fibra é tratada quimicamente de modo a obter assim algumas das suas propriedades e fiada para depois ser tricotadas em malha circular de poliéster reciclado.
A reciclagem mecânica é um método muito mais amigo do ambiente do que aquele utilizado na produção mais padronizada.
O poliéster reciclado oferece uma segunda vida a um material muito pouco biodegradável, cuja decomposição pode demorar até 200 anos a ocorrer.
O poliéster reciclado é uma opção mais sustentável, capaz de manter as mesmas características e propriedades de uma das fibras sintéticas mais utilizadas no mercado: a fibra do poliéster.
Prova da sua qualidade está no compromisso de dezenas de grandes marcas em utilizarem cada vez mais a fibra de poliéster reciclado na produção das suas peças em 25%. O esforço foi tal que a meta foi atingida antes do tempo e o valor definido ultrapassado em cerca de 10%.
O poliéster reciclado é uma forma de combater as emissões de gases de efeito estudo e de ajudar no combate às alterações climáticas, respondendo a uma cada vez maior procura por parte dos consumidores.
Está disponível na ITJV apenas através de solicitação de catálogo e validação de amostras.
Este artigo foi produzido e publicado em 2021