A poliamida é um termo genérico utilizado para descrever uma grande variedade de fibras sintéticas utilizadas na criação de malhas circulares.
Na sua maioria, as fibras sintéticas foram desenvolvidas na segunda metade do século XX. O termo sintético refere-se ao facto de estas serem fibras produzidas inteiramente por mãos humanas, sem a utilização de qualquer tipo de fibras naturais.
As fibras sintéticas têm um custo de produção menor do que as fibras naturais. São adequadas à produção em larga escala e as suas propriedades químicas tornam-nas mais resistentes.
No que às fibras sintéticas de poliamida diz respeito, o Nylon é a mais reconhecida no mercado. Contudo, existem outros tipos de fibras sintéticas produzidas a partir da poliamida.
Ao mesmo tempo, esta pode também ser agregada a outras. É o caso do Nylon-Poliéster, onde as vantagens de ambas se unem para suplantarem as desvantagens.
Foi nos anos 30 do século passado que a poliamida começou a ser desenvolvida.
Os esforços de investigação e desenvolvimento iniciais dariam também origem ao poliéster. No entanto, o primeiro propósito da poliamida foi o de alternativa às meias de seda femininas.
Mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial, vários foram os materiais militares que fizeram uso da poliamida, nomeadamente os paraquedas. Durante este período, a falta de outro tipo de fibras levou também à criação de peças feitas inteiramente desta fibra, algo que com o tempo se perdeu.
Mesmo assim, estas fibras sintéticas acabaram por encontrar o seu próprio espaço nas mais variadas indústrias, incluindo a têxtil, na qual a poliamida era misturada com o algodão, entre outras.
Hoje, as fibras de poliamida representam mais de 10% da produção de fibra sintética e tudo indica que este nível se vai manter ao longo do próximo século.
Na prática, a poliamida é uma fibra sintética muito utilizada na indústria têxtil e outras, para a criação dos mais variados tipos de peças. A sua elasticidade é a sua principal característica, mas a sua suavidade é igualmente apreciada pelos consumidores.
Embora seja menos capaz de conter o calor do que outro tipo de fibras, a sua capacidade de adaptação à forma mantém-na como uma das fibras sintéticas mais utilizadas no mercado.
Tecnicamente, a poliamida é um polímero, derivado do petróleo. A sua macromolécula (composta por monómetros) caracteriza-se pelas suas ligações repetidas de amidas.
Os seus métodos de produção podem variar ligeiramente de produtor para produtor.
Normalmente, os monómetros utilizados na sua produção são compostos por ácido diamino – conhecido apenas por diamino. O processo de produção da poliamida começa com a extração destes monómetros. Em seguida, estes são forçados a combinarem-se com ácido adípico, através de uma reação química.
Esta reação química dá origem a uma espécie de sal que é aquecido até se derreter por completo. Depois, tem lugar um processo mecânico chamado de extrusão que dá forma à poliamida. No final, é esticada até aos seus limites, de modo a receber a força e a elasticidade que lhe são reconhecidas.
Esta é uma questão bastante comum.
Tanto a poliamida como o poliéster são fibras sintéticas compostas por polímeros. Cada uma destas fibras tem as suas próprias forças e fraquezas. Ou seja, nenhuma delas pode ser efetivamente considerada melhor do que a outra.
No entanto, podem ser comparadas. A escolha entre a poliamida e o poliéster acaba por ser feita de acordo com o propósito.
Por um lado, a poliamida é muito resistente, forte e flexível. Por outro lado, é uma fibra sintética com poucas capacidades isoladoras e um custo-efetividade menor do que o poliéster. Ao mesmo tempo, o poliéster é uma fibra menos resistente e mais suscetível às nódoas e às rugas.
A poliamida absorve mais água e demora mais tempo a secar.
Já o poliéster comporta-se de maneira inversa, secando mais rápido e absorvendo menos água.É isto que faz desta fibra um fraco isolador, mais ideal para as estações secas.
Contudo, as suas fibras são mais suaves do que o poliéster. Ou seja, o resultado final é mais macio ao toque.
Aqui, é importante lembrar que a poliamida foi desenvolvida com o intuito de substituir a seda. Por isso, o seu toque é igualmente característico, pensado para ser assim desde o início. Por serem ambas fibras sintéticas, são incomestíveis para insetos como as traças e imperturbáveis perante os efeitos do tempo ou da humidade.
Tanto uma como outra são fáceis de lavar e cuidar, com a nota de que a poliamida não deve ser lavada a seco, na medida em que reage a alguns dos componentes do processo.
A poliamida pode dar origem a diferentes tipos de malhas circulares, com o Nylon a ser o mais reconhecido deste tipo no mercado.
Quando foram criadas para substituir a seda, os seus custos eram elevados, mas hoje isso já não se verifica. Na ITJV as malhas circulares de poliamida estão disponíveis apenas através de solicitação de catálogo e validação de amostras.
Este artigo foi produzido e publicado em 2021