A utilização de fibras naturais enquanto matéria-prima para a produção de peças têxteis teve início há milhares de anos.

Fibras naturais como o algodão ou o linho já foram encontradas em escavações arqueológicas. 

A sua análise datou-as algures entre os Séc. VI e VII A.C.

O cânhamo, cuja origem se encontra no sudeste asiático, era cultivado há mais de seis mil anos, expandindo-se depois para a China. No Egito, a arte da tecelagem e da fiação do linho era uma prática já muito bem estabelecida.

Estes são apenas alguns dos muitos exemplos que demonstram a forma como as fibras naturais fizeram – e fazem – parte da nossa história coletiva. À medida que a sociedade se desenvolveu, as fibras naturais foram acompanhando e adaptando-se às necessidades e à procura existente de produtores e consumidores.

Mais tarde, durante a Revolução Industrial do Séc. XVIII, as novas invenções tecnológicas permitiram a sua produção e processamento em larga escala.

Foram elas que dominaram o mercado têxtil durante milhares de anos, até ao aparecimento das fibras sintéticas e das artificiais, no Séc. XX. 
Mas, tal como acontecera anos antes, as fibras naturais foram de novo objeto de estudos de investigação e desenvolvimento, de modo a poderem continuar a competir num mercado cujos custos de produção eram agora mais acessíveis.

O resultado foi uma melhoria considerável nos seus métodos de produção e processamento, bem como a capacidade de alteração de algumas das suas propriedades originais.

O que são fibras naturais?

As fibras naturais são aquelas utilizadas para a produção de peças têxteis, cuja origem se encontra pronta na natureza. É aí que descobrimos os diferentes tipos de fibras naturais que podem ser de origem vegetal, animal ou mineral.

Na produção têxtil, as fibras naturais de origem vegetal são as que se encontram nas sementes e frutos, nos caules das plantas, ou nas suas folhas. Exemplos disso mesmo são o algodão, o cânhamo, o linho ou a urtiga.

Já a lã, como a lã de ovelha ou de caxemira ou a seda, incluem-se nas de origem animal. O mesmo acontece com a lã Merino, cuja origem é muito peculiar. 

Existem poucas ou nenhumas aplicações na indústria têxtil para as fibras naturais de origem mineral. 

Mesmo assim, estas são amplamente utilizadas em várias outras indústrias, com diferentes objetivos tais como o isolamento térmico ou sonoro.

 

Tipos de malhas circulares naturais

As malhas circulares são concebidas a partir das mais diversas fibras naturais. 

Exemplos destas fibras naturais são o algodão, o bambu, o cânhamo, a lã ou a fibra de urtiga, entre muitas outras opções.

Depois, dentro de cada um destes tipos, encontramos também alguns subtipos. No caso do algodão, este é um tipo de malha circular que pode ser fabricada em algodão SUPIMA®, algodão orgânico e ainda o algodão reciclado, por exemplo.

Em termos de produção têxtil, estas fibras apresentam uma grande afinidade à água, o que facilita os processos de coloração ou tingimento em soluções aquosas.

Por se tratarem de fibras naturais e, portanto, biodegradáveis, as malhas circulares são também muito suscetíveis aos efeitos da decomposição ou ao ataque por parte de alguns pequenos animais, como é o caso das traças. No entanto, os mais recentes desenvolvimentos já permitem ultrapassar este tipo de obstáculos, tornando-as praticamente imunes a este tipo de danos. 

Mais recentemente, a inovação tecnológica permitiu-nos ir ainda mais longe. 

Por encontrarem a sua origem nas plantas, as fibras naturais de origem vegetal têm cada vez mais vindo a ser utilizadas pela sua capacidade de reduzirem o dióxido de carbono. 

Os exemplos ainda são poucos, mas existem. Estas são peças de roupa que, ao serem utilizadas, absorvem o dióxido de carbono e ajudam a reduzir os efeitos de gás de estufa.

São peças confortáveis e bastante flexíveis. São agradáveis ao toque e deixam a pele respirar melhor. Apresentam uma grande durabilidade e são bastante resistentes. Por tudo isto e por terem adquirido um estatuto clássico, tornaram-se no tipo de peças mais procuradas pelos segmentos da classe média-alta.

 

Onde comprar fibras naturais? 

Ao longo dos últimos anos, a produção de fibras naturais tem-se mantido, mais ou menos, no mesmo nível.

O algodão é o tipo de fibra com mais procura, seguido da lã e do linho. Os principais produtores deste tipo de fibras naturais são os países menos desenvolvidos, mais diretamente dependentes da agricultura.

A Organização das Nações Unidas tem até incentivado ao aumento da sua produção, como forma de dinamização da sua economia, contribuindo para um progresso económico e sustentável, uma vez que estas são matérias-primas renováveis.

Já as malhas circulares tricotadas a partir das mais diversas fibras naturais, pode encontrá-las na ITJV. Estão disponíveis apenas através de solicitação de catálogo e validação de amostras.

 


Este artigo foi produzido e publicado em 2021

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