O elastano é uma fibra sintética, cuja característica principal é a sua elasticidade.
É também conhecido por outros nomes, em diferentes partes do mundo. Em Portugal, o elastano é chamado de “Licra”. Já nos Estados Unidos da América, o mesmo é tratado por “Spandex”. Spandex é um anagrama para a palavra inglesa “Expands” ou, em português, “expandir”, fazendo uma referência à sua elasticidade.
Tal como a maioria das fibras sintéticas, o elastano foi descoberto na segunda metade do século XX, pela DuPont, a mesma empresa que inventara o poliéster, anos antes.
O químico Joseph Shivers foi o seu criador, em 1959, numa altura em que o mercado de consumidores feminino começava a ganhar muita força. De modo a responder a uma maior procura, a empresa DuPont realizou um amplo estudo de mercado.
As conclusões do estudo apontaram para a roupa interior feminina, muito dependente da borracha para a sua produção.
A borracha tornou-se então o material a substituir e a fibra do elastano foi criada para esse propósito.
As propriedades do elastano rapidamente chamaram a atenção. Esta fibra sintética rapidamente começou a ser incorporada em diferentes tipos de peças, transformando o mercado por completo.
Vale a pena sublinhar que não existe qualquer tipo de malha circular concebida com 100% elastano. O mais comum é este material ser misturado com outros tipos de fibras, tanto naturais como sintéticas.
O processo permite a criação de malhas circulares mais resistentes e elásticas, alterando por completo as características do produto final.
O elastano, também conhecido por licra ou spandex, é uma fibra sintética reconhecida mundialmente pela elasticidade que confere às malhas circulares.
Isto permite que estas possam ser esticadas até ao seu limite, recuperando depois a sua forma original. Ou seja, as malhas circulares concebidas com elastano são muito leves, flexíveis e resistentes. Resistem tanto aos efeitos nocivos do tempo, como a substâncias químicas como são o cloro, a transpiração do corpo humano, ou a água do mar.
As suas características fizeram com que fosse muito bem recebido no mercado, logo após a sua invenção. No entanto, importa sublinhar que o elastano é sempre utilizado em conjunto com outros tipos de fibras, sejam naturais ou sintéticas, em percentagens variáveis entre os 3% e os 20%. Portanto, não existem malhas circulares tricotadas com 100% elastano.
Este é um material utilizado exclusivamente pelas suas características, de modo a fortalecer ou a reforçar as peças criadas.
Quando a percentagem é mínima, o elastano oferece maior durabilidade. À medida que esta percentagem sobe, também os níveis de elasticidade da malha circular sobem, até ao ponto em que se adaptam à forma do corpo por completo.
As áreas do fitness, do desporto, da moda de praia e da roupa interior são, por isso, aquelas que mais uso fazem deste tipo de material sintético.
A fibra do elastano é criada a partir do etano, um composto químico cuja fórmula é C2H6. A produção desta fibra pode ser feita através de quatro métodos diferentes. Contudo, um destes métodos corresponde a cerca de 95% de toda a produção mundial.
O dry-spinning, como é conhecido, é o método mais eficiente para a produção do elastano e aquele que causa o menor desperdício.
O dry-spinning é composto por cinco etapas. Em primeiro lugar, é formado um pré-polímero, através de uma mistura de glicol e isocianato.
Em seguida, é provocada uma reação química, com a adição de diamina. A solução resultante é então processada em equipamentos especiais e depois pressionada a sair por fieiras e a converter-se em fibras. No final do processo, estas fibras são quimicamente tratadas, de modo a poderem ser utilizadas pela indústria.
O elastano é uma fibra sintética utilizada em conjunto com outras fibras para a produção de malhas circulares com características próprias.
Uma das fibras com a qual muitas vezes se mistura é a poliamida. Quando duas fibras se misturam, as qualidades de ambas vêm ao de cima. É aqui que a principal diferença entre a poliamida e o elastano se encontra.
A poliamida é uma fibra rígida. Pelo contrário, o elastano é uma fibra capaz de oferecer elasticidade. Logo, uma compensa a outra.
A poliamida compensa assim a sua grande desvantagem com a maior vantagem do elastano. A malha circular concebida a partir destas duas fibras torna-se mais resistente e macia.
O elastano é um material que confere resistência e elasticidade a todo o tipo de malhas circulares. É uma fibra que pode ser misturada com outras, nomeadamente a poliamida, o nylon ou o algodão. A sua flexibilidade faz do elastano uma fibra com muita procura, principalmente nas áreas da moda feminina, desportiva ou de praia.
Contudo, a sua aplicação tem-se vindo também a notabilizar na área dos equipamentos profissionais, uma vez que o elastanto é um material igualmente leve e de secagem rápida, características essenciais para criação de uniformes práticos e fáceis de utilizar ou cuidar.
Apenas disponível na ITJV através de solicitação de catálogo e validação de amostras.
Este artigo foi produzido e publicado em 2021