A história do poliéster tem início no final dos loucos anos 20 do século passado.
Por volta de 1926, uma empresa norte-americana chamada DuPont, resolveu abrir uma investigação ao desenvolvimento de novas fibras sintéticas. Ou seja, a empresa começou a procurar por novos tipos de fibras que pudessem substituir as fibras naturais que existiam até então, como era o caso da fibra do algodão.
Na altura, esta equipa de investigação foi liderada por um químico, chamado Wallace H. Carothers. Mais tarde, a sua pesquisa viria a dar frutos, mas na forma do Nylon – uma das primeiras fibras sintéticas descobertas e produzidas pelo ser-humano.
Contudo, é em cima desta investigação que dois cientistas britânicos começam também as suas próprias pesquisas. Partindo dos mesmos estudos e dos resultados previamente obtidos, o poliéster com utilização comercial é finalmente descoberto em 1941.
Primeiro, é na utilização militar que começa por se fazer notar, nomeadamente no fabrico de para-quedas e outro tipo de acessórios militares, durante a II Guerra Mundial.
Poucos anos mais tarde, em 1946, é a mesma empresa DuPont que compra os direitos de produção do poliéster nos Estados Unidos da América.
Esta empresa começa então a comercializar e a produzir poliéster em massa, fazendo-o chegar ao mercado em grandes quantidades, reforçado também pelo boom económico do pós-segunda Guerra Mundial.
Durante os anos que se seguiram, várias foram as empresas que dedicaram a sua atenção ao poliéster.
Desenvolveram novas formas e novos produtos para as utilizaçõesa mais diversas e deram uma ajuda fundamental para que a nova fibra sintética se expandisse.
Hoje, o poliéster é um dos materiais mais utilizados no mercado da indústria têxtil. Esta é uma fibra sintética altamente resistente à água e aos efeitos do clima, embora seja também uma das fibras mais suscetíveis ao calor e ao fogo.
O poliéster é uma fibra sintética, derivada do petróleo. O seu principal elemento é o etileno e o seu processo de produção implica o recurso a um processo químico chamado de polimerização, que produz uma reação entre um ácido e álcool.
Nesta reação, as moléculas mais pequenas combinam-se entre si, de modo a darem origem a uma molécula maior, cuja estrutura se repete ao longo de todo o comprimento da fibra do poliéster, unindo-a e mantendo-a uniforme.
Por isso, as fibras de poliéster são perfeitamente homogéneas. O seu comprimento pode variar mas, normalmente, são longas e sólidas, estáveis e muito fortes, sem conterem em si qualquer tipo de espaços vazios – transformando-a num excelente isolador térmico.
A utilização do poliéster para a criação de malhas circulares pode ser feita a 100% com esta fibra sintética, ou então misturada com outro tipo de fibras, como é o caso do algodão, uma fibra natural.
Aliás, esta é mesmo uma das situações mais comuns. É raro entrarem-se peças concebidas exclusivamente a partir desta fibra sintética. Quando dois tipos de fibras são misturadas para a criação de novas malhas circulares, uma e outra complementam-se e as qualidades de ambas vêm ao de cima.
A título de exemplo, quando misturada com a fibra do algodão, o poliéster melhora a resistência das peças e reforça-as com as suas propriedades de isolamento térmico.
Ao mesmo tempo, esta fibra é utilizada para colmatar eventuais pontos menos fortes do algodão, como é o caso da resistência ao encolhimento.
Além disso, a forma como a fibra é produzida permitem que as malhas circulares sejam tingidas muito facilmente. Para isso, são utilizadas tintas especiais chamadas tintas de dispersão, cuja estrutura molecular é igualmente complexa.
O principal elemento químico utilizado na criação de poliéster é o etileno, um derivado do petróleo.
Durante o processo químico de polimerização, o etileno funciona como o bloco de construção, ao qual os restantes elementos que compõem a fibra se ligam entre si, dando origem à fibra sintética.
Esta fibra é geralmente obtida depois de se misturar monoetilenoglicol com ácido tereftálico, em quantidades variáveis. A sua composição final vai, por isso, variando de acordo com os processos de cada produtor.
No entanto, são dois os tipos de poliéster mais utilizados no mercado.
Destes, o mais conhecido é o PET (polietileno tereftalato). É utilizado nas mais variadas indústrias, incluindo na indústria têxtil para a produção de peças de roupa muito resistentes e isoladoras.
O poliéster é uma das fibras sintéticas mais utilizadas na indústria têxtil. A sua utilização permite a criação de peças muito resistentes e fáceis de cuidar.
Aliás, o poliéster é tão utilizado que hoje é raro encontrarmos peças nas quais não seja visível a sua presença.
Os seus pontos fortes são hoje tão válidos como eram há quase 80 anos, quando foi descoberto pela primeira vez.
Mesmo assim, os avanços tecnológicos foram melhorando os seus processos de produção, bem como as suas principais características, desde o seu toque à pele até às suas próprias formas – principalmente quando misturado com outras fibras.
De uma grande resistência aos efeitos abrasivos das condições climatéricas, o poliéster é uma fibra verdadeiramente essencial para o dia a dia e está disponível na ITJV apenas através de solicitação de catálogo e validação de amostras.
Este artigo foi produzido e publicado em 2021